O convidado da semana é o ilustre Gustavo Mendes, se você acompanhou o mercado farmacêutico durante a pandemia já sabe da importância desse cara para o nosso país, mas se você ainda não sabe, deixa que a gente te apresenta.
Gustavo é formado em história pela Universidade de Brasília, formado em farmácia pela USP, mestre em farmacologia e toxicologia pela Universidade de Londrina, está cursando um doutorado em farmacometria na Universidade de Maringá e possui uma especialização em saúde pública pela Fundação Oswaldo Cruz.
Além disso, Gustavo atuou por 19 anos como servidor da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), passou por 7 cargos diferentes, desde consultor técnico até gerente geral de medicamentos e produtos biológicos. Recentemente, o Gustavo anunciou seu afastamento do quadro de servidores da ANVISA, para ser o primeiro brasileiro a trabalhar no International Vaccine Institute (IVI), em Seul, na Coreia do Sul.
VOCÊ SABE COMO UMA VACINA É APROVADA?
Para a aprovação de uma vacina, são levados em consideração vários critérios. Dentro desses critérios, está o método científico para justificar a aprovação. Para uma agência mostrar que a vacina foi aprovada e que tem eficácia, ela precisa mostrar qual foi o método utilizado para a aprovação dessa vacina.
Os dados são indispensáveis, mas além de mostrar os dados de segurança e de eficácia, é necessário explicar a forma como esses dados foram analisados, o que foi revisado e como ela chegou na conclusão da aprovação da vacina. Caso a agência não tenha essas explicações, a vacina não será aprovada.
Em suma, não basta chegar com uma vacina e dizer que ela vai funcionar, é necessário provar o porquê ela foi aprovada com embasamento.
SÓ IGUALDADE NÃO É SUFICIENTE!
Quando o assunto é saúde e distribuição de vacinas, sabemos que muitas vezes essa distribuição não é equitativa. Isso porque o desenvolvimentos de algumas vacinas são negligenciados pelos países ricos, como malária, cólera e outras doenças que não atingem esses países e por conta disso, elas não são feitas.
O IVI (Instituto Internacional de Vacina), que é uma organização internacional independente e sem fins lucrativos, foi criado e pensado no desenvolvimento dessas vacinas e na globalização delas como um todo.
E é aí que entra a equidade, o IVI tem como missão possibilitar que uma vacina feita para um único país, possa ser utilizada em outros países de acordo com a necessidade de cada um. Com isso, eles levam saúde para esses países com a distribuição equitativa de vacinas no mundo todo.
AGÊNCIAS INDEPENDENTES
A ANVISA é uma agência independente do governo, você sabia? Isso quer dizer que independente de quem esteja governando, a ANVISA não muda os seus critérios e o governo não pode interferir nos métodos utilizados pela mesma!
CORONAVAC PARA CRIANÇAS
A corona vac foi aprovada para crianças de 3 a 5 anos no brasil e o Gustavo explicou pra gente que essa aprovação foi feita com muito estudo, embasamento e provas de que ela pode ser aplicada nas crianças.
MADE IN BRASIL PARA A COREIA
Gustavo Mendes é o PRIMEIRO BRASILEIRO a ocupar o cargo de regulador no IVI (International Vaccine Institute), localizado na Coréia do Sul, após 19 anos como servidor no Brasil.
E agora, será que o brasileiro está indo longe demais? Esperamos que sim, e que ele seja o primeiro de muitos.
É como dizem, o brasileiro pode facilmente dominar o mundo. Parabéns Gustavo, você é inspiração para nós e todos os cientistas do Brasil.
MUITO OBRIGADO GUSTAVO MENDES
Durante a pandemia, diante das várias fontes de informações e notícias falsas e mentirosas referentes ao tema, algumas pessoas tiveram papel de extrema importância para que nós pudéssemos superar esse momento e salvar vidas.
Gustavo foi uma dessas pessoas, como gerente geral de medicamentos e produtos biológicos na Anvisa, esteve à frente do desenvolvimento da vacina contra o Covid-19 a qual hoje salva milhões de vidas ao redor de todo o mundo.
Então, deixamos aqui o nosso muito obrigado em nome de toda a equipe Chroma Class, por ter sido fonte de informação para tantas pessoas e principalmente por sempre ter acreditado na ciência.
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